UM DEUS QUE AGE EM MEIO AO CAOS

Existem momentos críticos como o que estamos vivendo que chegam a nos dar desespero. A verdade é que somos fracos e não gostamos de admitir isso. Só conseguiremos perceber nossa fraqueza e recompor a esperança se cultivarmos um relacionamento com o Deus que nos mostra nossas fraquezas, nos torna fortes e nos dá esperança. A Bíblia está repleta de situações em que o povo se coloca numa situação de crise distanciando-se de Deus por conta do seu próprio pecado, nossa fraqueza. Na pandemia não é diferente. Assim como todas as outras doenças, sabemos que tudo isso é fruto do pecado. Não há nenhuma teoria da conspiração, no entanto, estamos afirmando que vivemos num mundo imperfeito e as doenças são fruto desse mundo também e, nessas situações, nossas fraquezas ficam mais latentes.

Independentemente da origem dos problemas e, que foram agravados com a pandemia, Deus corrige o curso da nossa história para que os resultados cooperem para o nosso bem (Rm 8.28). Embora haja dor, o Senhor continua cuidando de tudo. Assim como conosco, em Israel houve acontecimentos trágicos. Um deles foi o fato de que o símbolo da presença de Deus, a Arca da Aliança, havia sido roubada pelos filisteus (1 Sm 5.1). Contudo, o que eles não esperavam era o peso do julgamento de Deus com morte e tumores por conta da presença da arca no meio deles. Após se cansarem de tantas doenças e mortes, eles colocaram a Arca da Aliança para fora do acampamento. Foram sete meses longe da significação da presença do Senhor (1 Sm 6.1). Porém, como Deus trabalha em meio ao caos (Gn 1.2,3), os filisteus devolveram a arca e se colocaram em arrependimento diante do Deus de Israel. O povo festejou, pois, além do retorno da arca, Deus mudou a sua história: ouviu o clamor daquele que estava sem esperança, viu o mais íntimo do coração daquele povo e respondeu suas preces.

Deus age em meio ao caos e a nossa postura é o exercício da fé nele. Crer que ele continua sendo soberano e todo poderoso é o exercício ideal da fé, pois sem isso ficaremos à mercê das notícias e das estatísticas de morte. Nosso Deus é Deus de vida e enquanto estivermos vivos nossa vida está em suas mãos!

Ebenézer deve ser o nosso moto, até aqui nos ajudou o Senhor e com algum cuidado, ao lermos os capítulos 6 e 7 de 1 Samuel vamos descobrir que Ebenézer não foi um lugar de vitória, mas de derrota. O povo havia saído vitorioso em Mispa. Isso nos diz que derrotas e vitórias são nossas experiências temporárias. Deus trabalha por nós e em nós em quaisquer situações, mesmo que pareça que estejamos derrotados, Deus continua sendo Deus de vitória. Clamemos ao Deus de vitória! Ebenézer!

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