Miserável homem que sou! Essa foi a afirmação de Paulo sobre si mesmo em Romanos 7.24. A afirmação, inspirada por Deus, foi baseada na sua própria percepção de quão pecador ele era e do quanto ele precisava de Deus.
Voltamos à fase vermelha, no chamado lock down paulista. O que devemos temer? Qual é a nossa batalha de verdade? Qual deve ser a nossa real preocupação?
Não somos negacionistas. A Covid-19 é uma doença que tem ceifado a vida de milhões de pessoas no mundo todo, porém, não devemos alinhar a estratégia governamental e a ideia desesperada do descontrole da doença com a ideia de desconfiança de que Deus se esqueceu de nós. Parece-nos existir uma decisão generalizada de se impor um medo e perda da fé, além do desajuste econômico daqueles que já vivem em uma situação financeira marginal.
A incongruência de se definir o que é serviço essencial e garantir a segurança desses profissionais parecem ser coisas contrárias ou, pelo menos, insuficiente no que diz respeito às propostas nacionais contra a Covid. Ambientes adversos, empecilhos econômicos, decisões equivocadas demonstram a perda do controle dos homens, mas não do controle de Deus.
Sendo assim, o que acabará com o temor e será nosso enfrentamento real tem ensinamento verdadeiro na história de Abraão. Em Gn 22 temos uma situação crítica. Talvez a situação mais crítica que um ser humano poderia enfrentar. A pergunta de Isaque e as afirmações de Deus e de Abraão irão nortear a solução.
A pergunta de Isaque revela a sinceridade de uma criança, algo que qualquer um de nós perguntaria, mas não teria a coragem de fazê-la: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? (Gn 22.7). Essa é pergunta de quem admite, mesmo sendo uma criança, não entender o que está se passando! Creia, Deus ouve perguntas sinceras, entende o choro incomunicável e a tristeza do fundo da alma. Onde está o cordeiro? O cordeiro é o próprio Cristo que viveu entre nós e conhece a angústia pela qual estamos vivendo. Ele é o cordeiro enviado por Deus!
A afirmação de Deus sobre a postura de Abraão é fascinante, é o objeto que contraria o pensamento governamental e da mídia em geral: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho. (Gn 22.12). Abraão não negou o próprio filho, estava disposto a matá-lo. Ao vermos as notícias, somos tentados a negar nossa confiança plena em Deus por propostas desesperadas de alguns dos nossos líderes. Mais uma vez lembro que a doença é devastadora, mas não coloque sua confiança no Governo ou na vacina. Deus é o dono das nossas vidas e quando ele quiser ferirá e curará a ferida! (Jó 5.18; Os 6.1). Abraão confiava que Deus levantaria Isaque dos mortos (Hb 11.17-19). Confiamos em Deus dessa forma?
A resposta de Abraão é o nosso modelo de vida! Jeová Jire, Deus proverá. (Gn 22.8). E proveu mesmo. Para Abraão e para nós. Não precisamos viver preocupados com coisa alguma, pois Deus enviou o cordeiro que tira o pecado do mundo. Nossa miséria e limitação humana ficarão à mercê de Deus e obteremos vitória quando dissermos: Jeová Jire! Sejamos dependentes Deus e apenas dele!