Numa competição todos querem a premiação, mas ninguém quer pagar o preço. Essa é uma afirmação um tanto quanto generalizadora, mas que tem representado a maior parte das atitudes das pessoas em nossa época. Muitos dizem que não conseguem fazer isso ou aquilo, no entanto, nunca tentaram fazer ou, se tentaram, desistiram na primeira dificuldade. O trabalho no Reino de Deus, às vezes, se confunde com a motivação secular de desistência ao prêmio. Algumas pessoas enterram seus talentos, outras mudam sua dedicação, outras ainda, pensam: alguém fará alguma coisa em meu lugar, então não preciso fazer nada.
Esse tipo de decisão revela que perdemos de vista o prêmio celestial. Significa que na jornada da vida competitiva estamos mais envolvidos com o físico e com as emoções do que com o espírito e, por isso nosso relacionamento com aquele que irá nos premiar fica sempre distante. A Bíblia nos diz que a segunda vinda do Senhor terá dois objetivos: trazer luz sobre tudo que foi enquanto vivermos na terra, e julgar todas as coisas (1 Co 4.5). Temor e confiança são sentimentos que deveriam habitar em nossas mentes, ser o foco da nossa vida espiritual e o esteio que agrada ao Senhor, porém, não devemos esquecer de duas coisas: Deus revelará os desejos do coração, contudo, temos segurança em Jesus. Segurança é a palavra titular da caminhada cristã, ela envolve confiança, mudança de vida em Jesus e certeza de perdão e descanso.
O texto de Hebreus 12.1 é o melhor exemplo da demonstração de como é essa corrida cristã: portanto, também nós, considerando que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, desembaracemo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve e corramos com perseverança a corrida que nos está proposta. Perseverança em Cristo é a chave para enfrentarmos os percalços da corrida da vida. Essa perseverança envolve basicamente vida devocional em busca de santificação. Qualquer coisa diferente disso será apenas paliativo, será como tratar um câncer com dipirona, não fará efeito.
Graças a Deus que não precisamos participar de competição sozinhos. O Espírito Santo é nosso ajudador. É o momento sinérgico da experimentação cristã. Nos esforçamos na santificação e o Espírito que habita em nós nos ajuda também. Nossa convicção é a de que aquele que nos chamou também completará sua obra em nós (Fp 1.6). O prêmio continua guardado aos competidores que não desistirão.